De como o finito contém o infinito: paradoxo e alegoria na configuração vieiriana do uterus Mariae
Resumo
Este artigo pretende refletir acerca da configuração vieiriana da imagem de Maria, pensada tomisticamente como causa material da encarnação do Verbo divino na pessoa de Jesus Cristo. Mais especificamente, será enfocada a rede alegórica tramada por António Vieira para configurar a infinitude do uterus Mariae no “Sermão de Nossa Senhora do Ó”, no qual se desdobra agudamente o seguinte paradoxo: como o corpo finito da Virgem pode conter em si o espaço inteiro do mistério e do infinito? No curso da análise, serão discutidas as noções de similitude e de participação, inerentes à metafísica cristã, que fundamentam a trama de alegorias engenhosamente tecida por Vieira.
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ISSN: 2316-6134
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